Arquivo: Edição de 12-07-2010
SECÇÃO: Opinião |
|
Aos meus amigos que muito sabem das coisas da vida: para que fosseis carregados com tudo o que vos digo, e jamais tivésseis uma oportunidade para se poderem esquecer de mim. Mas as palavras são muito leves, e, por isso, até cabem nesta folha de papel tão simples e banal. É, então, que sinto que o que podereis levar serão os gestos sempre ternos que tivemos uns para com os outros capazes de aconchegar os corações em qualquer circunstância da vida…! Percebo, mais uma vez, que o que podereis levar de mim são as vezes em que sorrimos demais juntos; em que brincámos demais juntos; em que descobrimos demais juntos…! Vocês fizeram-me entender que a felicidade pode ser aquele momento em que assistimos juntos a um filme novo, em que experimentámos aquele jogo engraçado… A felicidade também esteve naquele dia em que vos vi segurar devidamente num lápis de colorir, ou quando vocês identificaram a diferença entre as letras maiúsculas e minúsculas. Vocês, para mim, sabem tudo: Mostraram-me que a vida é muito mais do aquilo que está ao alcance dos nossos olhos, porque o meu coração enchia-se de ternura quando executávamos aquelas mais pequeninas coisas…! Lembram-se dos bolos que fizemos com as nossas mãos?! Rimo-nos bastante do aspecto com que eles ficaram algumas vezes no final: ora baixinhos de mais, ora mais queimados, ora com uma cor esquisita!... Mas saboreámo-los com muita satisfação, sabem porquê? Porque os fizemos todos com carinho e vontade de aprender! Convosco aprendi também que não basta ter um diploma de um qualquer curso: É preciso ser-se suficientemente grande para descer ao chão e brincar às cinco pedrinhas, dançar nas danças de roda e sujar as mãos de vez em quando para se poder pegar na vida e fazer dela uma grande aventura. Aprendi muitas coisas nos livros da universidade, mas não aprendi lá que: Quando me dizem “Magda, consegui!” é a melhor coisa que alguém me pode dizer. Obrigada! (Texto dedicado aos meninos, meus alunos ). Por:
Magda Teixeira |