Arquivo: Edição de 21-01-2008
SECÇÃO:
Opinião
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Fumar: Mais do que punir, informar
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Fumar mais do que punir, não desistir de informar. Com a entrada da nova lei antitabagismo tudo será (espera-se) diferente. As pessoas começam a fumar principalmente influenciadas pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa. A publicidade é dirigida aos jovens e passa a falsa imagem de que fumar está associado ao sucesso, independência e liberdade. A publicidade alia-se ao uso do cigarro, fazendo crer que, ao fumar, esses desejos serão realizados, aumentando o consumo do tabaco entre as pessoas mais facilmente influenciáveis. A publicidade directa é feita por anúncios atraentes e bem produzidos; já a publicidade indirecta, é feita através dos ídolos e modelos de comportamento em geral. Pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência. Sendo evidentes os efeitos nefastos do tabagismo na saúde, pessoas há que continuam a fumar. Em parte poderá ser devido a falta de informação, mas a justificação principal está no facto da nicotina ter características aditivas, a que corresponde uma perda de controlo no consumo de tabaco e dificuldade em abandonar o acto de fumar. O deixar de fumar exige uma motivação e a identificação de uma oportunidade adequada, isto é o fumador tem que querer deixar de fumar. A educação tem aqui um papel importante na prevenção pois o ideal é não começar a fumar. A promoção da saúde deve começar cedo na escola e nos locais de trabalho. Como é pouco frequente o hábito de fumar começar depois dos 18 anos, a prevenção primária durante a infância e a adolescência será essencial para reduzir o número de fumadores. Os jovens treinados para resistirem à pressão social, os que sabem das dificuldades em deixar de fumar e os que conhecem as consequências do tabagismo para a saúde, têm maior probabilidade de não começarem a fumar. Um conselho aos jovens atletas que têm a tentação de fumar; aquele lance que não ganharam ou o golo que não conseguiram, pode ter acontecido porque o tabaco lhes retirou a fracção de segundo para o conseguirem. Se o tabaco faz mal porque experimentar?
Por:
António Correia
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