Arquivo: Edição de 15-11-2007
SECÇÃO: Região |
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“Crónicas de Basto e do Mundo” cumpre a actual acepção deste tipo de texto, ou seja, varia entre o comentário, a reflexão e, até, a fábula. De facto, José Oliveira transmite nas suas crónicas ideias diversas, variando temas, personagens, espaços, tempos. Com ele viajamos pelas terras de Basto, pela serra, pelos seus trilhos, ao mesmo tempo que encontramos sereias, acreditamos que há bruxas, assustamo-nos com jibóias fugidas. Com ele sorrimos, imaginando alguns dos episódios e peripécias por que passou ou por ele narrados. Com ele aprendemos economia, política nacional e internacional e finanças, sempre num estilo quase informal, mas que nos faz pensar e rever as nossas posições. Com ele conhecemos um homem generoso, que assume as suas posições em relação a diversas questões como a globalização, a questão palestiniana e que mostra uma preocupação sincera sobre problemas ambientais. Ler José da Costa Oliveira lembrou-me, em determinados momentos, Miguel Torga e o seu sentimento telúrico, o seu apreço pela terra e a influência desta nos costumes e no carácter. Lembrou-me o Homem natural e intensamente fiel às suas raízes e que, como alguém disse, “Ama a terra e vê nela a cura de todos os seus males”. Título: “Crónicas de Basto e do Mundo” Autor: José da Costa Oliveira Editora: Papiro |